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A obediência começa no coração!




Esta não é a linguagem austera do mandamento. É a voz de nosso Pai em toda a afetuosa persuasão da promessa — filho meu. Ele já nos havia instruído a buscar e a procurar a sabedoria, bem como a enxergar as suas bênçãos inigualáveis. Agora Ele nos chama a um exercício prático — não te esqueças dos meus ensinos. O voluntarioso esquecimento do nosso coração (Pv 2.17; Sl 9.17, 10.4; cf. Pv 4.23; Dt 4.23; Sl 119.93,76), e não a debilidade da memória (para a qual uma ajuda especial é suprida, embora temamos que seja também muito negligenciada — Jo 14.26), é o que está implícito nessas palavras. Permita que o seu coração, como a arca da aliança, seja o lugar de guardar os meus mandamentos (Pv 4.4; Dt 11.18; Is 52.7). E não é este o nosso desejo como filhos —“tomara sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos” (Sl 119.5; cf. Sl 119. 69,129), enquanto nossa incapacidade consciente se apodera da promessa da aliança — “na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei” (Jr 31.33)?

Na verdade, nenhuma lei, exceto a de Deus, pode refrear o coração. Toda a obediência aceitável começa ali. O coração é a primeira coisa que vagueia longe de Deus; também é a primeira coisa a voltar para Ele. Observe o princípio vital (Pv 4.13; Rm 6.17). Toda religião, sem isso, é apenas um nome; e, por mais que o crente professo lance mão de muitos artifícios para dar vida ao seu cristianismo, todos os artifícios falharão — “Assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó” (Is 5.24). Se cada momento fosse repleto de ações de benevolência ou de piedade externa, e, mesmo assim, o coração não fosse despertado a guardar os mandamentos, a voz de repreensão seria ouvida: “Quem vos requereu o só pisardes os meus átrios?” (Is 1.12). O deleite do homem interior (Rm 7.22) imprime excelência no serviço. Este prazer e a perseverança no dever fluem de uma graciosa transformação do coração (veja Ez 11.19; 36.26-27).

Nesta obediência também repousa o nosso interesse, não apenas a nossa obrigação. A recompensa desta obediência (e precisamos acrescentar — uma recompensa da graça) é uma vida longa e feliz — o maior bem deste mundo (Sl 34.12; Pv 4.10, 9.11, 10.27). Os ímpios, sem dúvida, vivem vida longa, enquanto os piedosos às vezes não chegarão à metade de seus dias. Os ímpios morrem com aparente conforto externo; os justos, em dificuldades externas. No entanto, dias longos são uma promessa para os justos, quer na terra, quer no céu, como seu Pai achar melhor. Em si mesma, a promessa no tocante à vida não possui qualquer encanto. Para o ímpio, é uma maldição (Gn 4.11-15; Is 65.20); para o povo de Deus é uma provação de fé e paciência (Gn 27.46; 1 Rs 19.4; Jó 7.16; Fp 1.23-24; Ap 22.20); e para todos é fadiga (Sl 90.10; Ec 12.1). Todavia, a paz resultante desta obediência constitue a alegria no caminho árduo (Sl 119.165; Is 32.17; 48.17-18) — paz com Deus mediante "a aspersão do sangue de Jesus Cristo” (1 Pe 1.2; cf. Rm 5.1; Ef 2.13-14; Cl 1.20); paz eterna na casa e na presença de Deus (Sl 37.37; Is 57.2), onde todas as contendas de uma carne rebelde e todas as investidas de uma vontade perversa e obstinada terão cessado para sempre. 


“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas” (Ap 22.14).
Charles Bridges 
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