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SER IMITADOR - Por Jayro Caillo

“Os cristãos são retratos ambulantes de Deus” 

Thomas Watson 

O apóstolo Paulo trata com ênfase o assunto de imitação. Esta palavra tinha para ele uma grande importância, pois a encontramos oito vezes distribuídas em quatro de suas epístolas.

IMITAR OU CARICATURAR


Algumas pessoas por vezes me atribuíram a fama de bom imitador. Elas pensavam que pelo fato de fazê-las lembrar de alguém por algum gesto isolado, isto me classificaria como um imitador.

Não sabiam que era muito fácil concentrar um modesto esforço para reproduzir aparentemente algumas relevantes características.
Esta fama de imitador se dava porque muitos confundem caricatura com imitação. Enquanto caricaturar é uma representação burlesca, imitar é reproduzir exatamente ou tomar alguém ou algo como exemplo a ser reproduzido com bastante proximidade da originalidade.

Existem pessoas, principalmente as públicas que tem traços físicos, comportamentais e sonoros, bastante salientes, o que as torna destaques, diferenciando-as facilmente de outras. Há uma grande facilidade de se fazer caricaturas destes indivíduos, porém para os imitarmos, precisamos observá-los cuidadosamente, a fim de que, quando olharem para nós, não apenas se lembrem deles, mas sintam-se do seu próprio lado.

Para uma excelente imitação, seria necessário absorver o raciocínio do imitado, a fim de que a imitação seja natural e contagiante.

IMITADORES COMO FILHOS AMADOS
Thomas Watson disse: “Os cristãos são retratos ambulantes de Deus”.
Tenho pensado um pouco sobre o assunto de imitação do Senhor e confesso a minha decepção comigo mesmo.

Preciso transmitir Deus no meu dia a dia, mas para isto acontecer, preciso olhar mais para Ele, ouvi-lo falar, observar as suas ações e reações, em fim, preciso conviver mais com Ele, para que o seu conhecimento seja incorporado em minha vida e assim possa imitá-lo.

Quando Paulo escreveu aos efésios, disse que devemos ser imitadores de Deus como filhos amados. O apóstolo estava tratando sobre qual deve ser a motivação desta imitação. O filho que ama o pai tem orgulho de querer parecer-se como ele.

Quem já não teve a experiência de ter seu filho usando suas roupas, embora não lhe caibam ainda, ou calçando seus sapatos, ou ainda tentando copiar a maneira de andar, corte de cabelo, voz, ou hábitos outros? Isso também se dá por uma admiração por parte do filho que tem o seu pai como o seu super-herói, porém quando o filho passa a ter um senso crítico e descobrir as falhas humanas, a relação começa a tomar uma outra dimensão.

As decepções podem surgir por motivos das deficiências no caráter do pai e apesar do amor existir, aquele pai não ocupar mais a posição de modelo a ser imitado pelo filho.
Porém, quando nos referimos à relação entre Deus e seus filhos, há algo de diferente a considerar, é o fato de que Deus não tem falha.

Imagine um pai sem falhas por quem nutrimos um grande amor! Então por qual razão não temos nos tornado, imitadores de Deus? Talvez seja o fato de não conhecermos a Ele o suficiente ou tão pouco não termos amado a Ele o quanto deveríamos, e ao que me parece uma coisa está relacionada à outra.


“Não existe cristianismo, se este não for praticado”. John R. de Witt.

Estudo aponta região do cérebro ligada a religiosidade

Durante muitos anos cientistas cogitaram a existência de um “ponto de Deus” no cérebro, uma área em específico, que fosse responsável pelas crenças religiosas.

Conforme um novo estudo realizado pela Northwestern University, em Illinois, nos Estados Unidos, pessoas que sofreram lesões no córtex pré-frontal do cérebro podem torná-las menos críticas ao comparar suas crenças religiosas com a fé de outras pessoas, ou seja, mais tolerantes.

A região do cérebro estudada está associada a diversas funções, como a capacidade de planejamento e de percepção. Anteriormente, essa estrutura cerebral já foi relacionada a experiências religiosas.

O estudo analisou 119 pessoas que sofreram alguma lesão cerebral durante a guerra do Vietnam e outros 30 veteranos normais. Foi solicitado que os participantes respondessem a afirmações como “Para levar uma vida melhor e mais significativa, uma pessoa deve seguir a única religião verdadeira”.

Os pesquisadores descobriram que os veteranos lesionados no córtex pré-frontal tinham níveis mais altos de conservadorismo religioso do que os outros. “Crenças humanas, e nesse caso crenças religiosas, são um dos conhecimentos sociais e cognitivos que nos diferenciam das outras espécies”, apontou o coautor da pesquisa, Jordan Grafman, ao PsyPost.

A pesquisa liga diretamente a região estudada com a religiosidade, pois foi possível perceber suas interações no cérebro. “Precisamos entender quão distintas as crenças religiosas são das crenças morais, legais, políticas e econômicas em suas representações no cérebro”, destacou Grafman.

Grafman também acredita que por mais que a pesquisa evidencie que o córtex pré-frontal está conectado com a espiritualidade, existem outros fatores que determinam o quão religiosa uma pessoa é.

“Enquanto crenças religiosas ou não podem ser estudadas seletivamente e independentes de outros processos cognitivos e sociais, sua dependência e interação com outros processos do cérebro será uma importante área de pesquisa nas próximas décadas”, encerrou.


Com informações Guiame e Último Segundo