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Qual formação correta para sua carreira musical?

No caso de carreiras musicais mais específicas, a formação acadêmica faz diferença, uma vez que muitos empregadores exigem um diploma de curso superior na área. Mas isso nem sempre é regra, dependendo de onde quer atuar. É importante lembra, no entanto, que há uma legislação que ordena a profissão de músico no Brasil – Lei nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960. Segundo a OMB – Ordem dos Músicos do Brasil, a palavra “músico” serve apenas para indicar o profissional de música, aquele que atua como músico na maior parte do seu tempo – independentemente se a formação da pessoa seja formação é erudita ou popular, ou se tem uma segunda profissão.

Para ser um músico profissional registrado na OMB, é preciso fazer um exame de habilitação, prático e teórico, com banca designada pelo conselho regional. Contudo, se a pessoa tem diploma de músico em curso superior ou curso técnico de música, não precisará fazer o exame. Quando habilitado, o músico poderá exercer a profissão e ainda lecionar a matéria de sua especialidade.
Conheça a diferença entre músico clássico e músico popular neste artigo.

1) Canto
Quem decide se especializar em canto, pode atuar em óperas ou recitais e em gravações, organizar e fazer a preparação vocal de corais, trabalhar com teatro e todo tipo de apresentação ao vivo, pode ser contratado para trabalhos em estúdio e para peças publicitárias, etc.

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2) Composição e arranjo
O músico por atuar como compositor e arranjador. Neste caso, é ele quem cria partituras musicais para instrumentistas ou cantores. Pode ainda atuar na criação de trilhas sonoras de filmes, animações, peças teatrais e websites, assim como jingles para filmes publicitários. Poderá trabalhar ainda na produção de música para games (jogos eletrônicos).

Sobre os compositores de trilhas sonoras, um detalhe: há um verdadeiro “apagão” de profissionais deste gênero no Brasil. É um mercado em ascensão, que pode ser bastante lucrativo. Já em países com maior tradição cinema, como é o caso dos Estados Unidos, os resultados neste segmento são milionários, além de muitos compositores de trilhas sonoras serem muito reconhecidos.

Leia também: Tocar em grupo – Vou ensaiar e meus amigos não leem partitura

3) Ensino
Uma forma de atuar como músico é lecionando. Você pode lecionar em escolas de música, para crianças de pré-escola e nos ensinos Fundamental e Médio, ensino Superior, para adultos ou qualquer pessoa que queira aprender a tocar um instrumento ou trabalhar a sua voz.

Muitos músicos profissionais trabalham como professores, seja para ampliar seu currículo ou sua renda, seja por satisfação pessoal. Neste caso, o músico precisa ter licenciatura e estar inscrito na OMB. Para ser um bom professor, é preciso conhecer bem seu instrumento, possuir conhecimentos profundos sobre música e sobre o desempenho do instrumento que escolheu, ter experiência, ter visão do todo, conhecer todos os elementos musicais (timbre, harmonia, ritmo, melodia, intensidade do som, etc.) e diversos outros conhecimentos técnicos. Vale a pena cogitar uma formação superior e até especializações para se destacar da concorrência. Deve ter conhecimento ainda sobre as diferentes metodologias e didática, e ter muito tato interpessoal.

Veja também esta matéria sobre vivendo de ensinar música e saiba tudo sobre este segmento.

4) Instrumento
Há muitas possibilidades para músicos instrumentistas. Poderá tocar um instrumento como solista e em orquestras, bandas ou grupos instrumentais de formações diversas. Poderá ter trabalhos fixos e ser convidado a participar de determinados projetos. As possibilidades de atuação são infinitas, desde trabalhar em estúdio, como em apresentações ao vivo, na atuação em peças publicitárias, peças teatrais ao vivo, gravação de trilhas sonoras, atuação em orquestras, etc.

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Para ser um exímio instrumentista, é preciso investir bastante tempo e esforço para adquirir e pôr em prática conhecimentos acerca do seu instrumento, bem como ter noção do todo, ainda mais quando toca com outros músicos. Neste caso, conhecer partitura faz toda a diferença. É preciso ter capacidade de adaptação, comprometimento com horário e com o projeto, entre outras competências exigidas pelo mercado, e que fazem toda a diferença em uma carreira.

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5) Pesquisa
Muitas pessoas desconhecem esta possibilidade de atuação do músico. Fazer estudos e desenvolver pesquisas acadêmicas, de investigação e de resgate de cultura na área de música ou sobre outros assuntos, a partir de metodologias científicas e culturais.

Ter conhecimentos sobre diversos instrumentos e sobre a produção cultural e social de um grupo é muito importante – uma dica é se especializar em antropologias e as áreas correlatas à música. Há muita procura por este profissional em projetos governamentais e não governamentais, em entidades de ensino, pesquisa e extensão e outros.

6) Regência
Trabalhar como regente musical é outra opção daqueles que querem explorar suas carreiras como músicos. Este profissional atua na organização, ensaio e direção conjuntos, orquestras e corais. É ele quem pesquisa e escolhe as peças e os intérpretes que irão executá-las, organiza ensaios e orientar instrumentistas e cantores em diferentes projetos. É ele também que estuda a forma como será executada uma peça a partir das possibilidades que possui.

Carreira

O regente é um líder em um grupo musical e pode ter uma carreira de destaque atuando neste segmento. Ele deve saber organizar as estruturas sonoras, velocidade da execução, nuances e destaques de naipes e solos. Ele segue a partitura e passa aos músicos qual será a forma de interpretação. Para você ter uma ideia, se colocarmos dez regentes para reger a mesma orquestra com a mesma música, o som sairá diferente nas dez vezes.

É importante dizer que regente não é a mesma coisa que maestro. Todo regente é um maestro, termo que significa “mestre”, mas nem todo maestro é necessariamente um regente. Para ficar mais claro, maestro é um título, regente é uma profissão, dentre as diversas que a carreira de músico pode oferecer.

7) Produção musical
Ser um produtor musical é um cargo de grande responsabilidade, mas pode ter uma carreira muito promissora. Em uma indústria que movimenta bilhões todos os anos, é preciso que o produtor musical tenha uma ótima formação e aprofundados conhecimentos para executar o melhor trabalho possível. Este profissional é responsável por completar uma gravação e reprodução sonora para que esteja pronta para o lançamento. É ele quem controla as sessões de gravação, ensaia e guia os músicos e cantores e faz a supervisão do processo de mixagem e de masterização de áudio.

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Os conhecimentos agregados a esta função não são poucos: conhecer os hardware e software implicados em seu trabalho, além de novas tecnologias; ser um grande conhecedor de Teoria musical; ter percepção rítmica; conhecer e usar sintetizadores, ter amplo conhecimento em engenharia de áudio, composição, mixagem, masterização; conhecer bem o mercado e as técnicas mais avançadas de marketing; etc. Muitos músicos desistem no meio do caminho antes mesmo de serem bem formados nestes assuntos.

8) Editores de partituras musicais
Além de atuar em projetos que produzem materiais gráficos ou impressos para o segmento de música, com especialização em partituras, o músico pode ainda contribuir com novas soluções, como é o caso dos softwares e programas de notação musical, que a cada dia se tornam mais comuns e abrangem inclusive dispositivos móveis, como tablets e smartphones.

Apenas músicos especializados conseguem oferecer este tipo de consultoria às empresas de Tecnologia de Comunicação, no desenvolvimento de seus produtos. Deve ter conhecimentos, preferencialmente, em desenvolvimento de softwares e nas necessidades do usuário final.

Veja ainda: Músico que não lê partitura é um profissional?

9) Desenvolvedores de instrumentos
Esta opção é indicada para aqueles que não são apenas músicos, mas designers de instrumentos musicais ou luthieres – construtores de instrumentos musicais. É uma carreira que exige conhecimentos adequados e amplo conhecimento em música e sonorização. Pode trabalhar como consultor, ter sua própria empresa de construção e desenvolvimento de instrumentos ou trabalhar nas várias empresas desde mercado, que todos os anos produzem milhares de peças instrumentais.

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10) Negócios musicais
Falar em negócios musicais é algo muito vago. Há uma infinidade de funções em que um músico pode empreender. Pode atual em funções administrativas ou técnicas em gravadoras, representar artistas (e para isso, um empresário deve ter conhecimento de música), trabalhar em processos de direitos autorais e registros, gerente de aquisições de novos talentos, entre outras funções. O mercado musical muda constantemente e sempre reserva oportunidades para quem quer atuar, empreender ou investir.

Dica extra

Há milhares de outras possibilidades de atuação para músicos expandirem as suas carreiras. Tentamos mostrar as mais comuns ou requisitadas. Você pode entrar no site da Ordem dos Músicos do Brasil e conferir outras informações.
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